O nosso stress…
O BRM 200 km Tejo-Sorraia-Tejo do dia 11 de fevereiro, foi para os Randonneurs Portugal um BRM que globalmente correu bem. Tentamos incorporar nos BRM que organizamos uma lógica simples e pragmática em que o facto de sermos amadores e voluntários não signifique que sejamos atabalhoados e incompetentes.
A nossa grande preocupação neste BRM, que sabíamos que pela distância, atrairia mais Randonneurs era conseguir garantir que tudo o que dependesse de nós decorresse sem percalços.
A nossa manhã…
34 participantes, para nós, são uma multidão, especialmente quando o nosso foco não é ter BRM de 200 km com muitos Randonneurs mas sim criar uma comunidade de Randonneurs onde a distância de 200 km é o princípio…
O bike check matinal correu bem e o processo de entrega dos cartões de percurso idem. Ficámos contentes pois os Randonneurs Portugal são um pequeno grupo de entusiastas da longa distancia, não são, nem querem ser organizadores “profissionais”. Gostamos apenas que os BRM que organizamos respeitem o padrão simples e eficiente de outros países onde o randonneuring é uma modalidade respeitada e partilhada por milhares de ciclistas que fazem da distância associada ao caracter não competitivo a motivação de participar…. Muito longe das “corridas de fim de semana” cujo objetivo é “chegar”, “ver” e “convencer”.
Pedalar…
Para pedalar o dia ajudou, pois embora o frio tenha estado por perto facilmente se geriu. Globalmente o dia acabou por ser solarengo e agradável para pedalar os duzentos e poucos km de um percurso que oscilou entre planícies ribatejanas e algum montado alentejano. As boas notícias acabaram por ser – todos os Randonneurs que saíram de Vila Franca de Xira chegaram!
O mais relevante deste BRM….
O que vai permitir que daqui a uns anos em Portugal exista uma comunidade solida de randonneurs são os randonneurs que se identifiquem e decidam por si, respeitar a filosofia, as regras escritas e não escritas desta forma especial de pedalar que cativa em todo mundo pessoas que cujo objetivo não é ganhar algo mas sim chegar. No dia 11 conhecemos quem encara a distância como o desafio, resta descobrir qual é a de cada um e dar tempo ao tempo, pois o PBP já é em 2015!