L’ Antique 200 @ 2024

Como habitualmente este Brevet dos Randonneurs Portugal é escolha fácil.
O décimo L’Antique 200 de 2024 trás tem algumas novidades.

L’Antique 200. Um percurso a…

• Fugir das estradas nacionais;
• Que traga à memória o espírito e as condições que os Randonneurs tinham de superar no início do século XX;
• A fugir do trânsito automóvel.

L’Antique 200. Um Brevet com um nome a condizer…

• Relembrando tempos onde o relógio e as viagens andavam mais devagar
• Em que percorrer 200 km em 13h e 30 m seria por si uma grande aventura.
• Passando ao lado das estradas nacionais, redescobrindo estradas municipais e caminhos agrícolas asfaltados… alguns a precisar de obras, dando corpo a esta aventura.

Saimos do nosso posto de controlo habitual, em Vila Franca de Xira, mas agora rumo a reta do cabo para rápidamente entrarmos na estrada do campo.

Um curto salto e estamos em Salvaterra de Magos rumando ao Escaroupim. As estradas por estas paragens são pouco povoadas, agradáveis de pedalar e longe do reboliço de outras alternativas rumo a Norte.

Visitado Escaroupim, local espetacular, continuamos pela margem sul do Tejo.

Até Alpiarça, passamos por muitas estradas responsáveis pelo nome deste Brevet, estradas antigas e caminhos asfaltados onde o que resta deles não vê passar muitos carros, recordando que noutros tempos pedalar 200 km era uma aventura grande.

Ultrapassados alguns cruzamentos sem sinalização, requerendo atenção e estudo prévio do trajeto do L’Antique 200, chegamos finalmente a Alpiarça.

Logo após Alpiarça fugimos novamente do reboliço da EN 118. Percorremos agora as lezírias por estradas municipais e caminhos agrícolas… 15 km depois emergirmos na Chamusca.

Rumamos a Constância agora pela EN 118. Após 20 km lá chegaremos, com a sorte deste troço ter uma berma ciclável.

A Constância chegamos depois de percorrer a sua estrada panorâmica. Por agora já percorrermos  50% do L’Antique 200, tempo de recarregar as baterias e regressar, agora pela margem Norte do Tejo.

Dirigimo-nos agora para Vila Nova da Barquinha para lá trocarmos o Pavé por um km de estrada em terra batida, recordando que noutros tempos as estradas eram menos “rolantes”.

É uma estrada camarária que nos leva à Quinta da Cardiga, uma das maiores herdades dos Ribatejo de outros tempos. Paragem obrigatória onde o verde da lezíria e o rio Tejo confluem.

Ultrapassado este “desafio” que todas as bicicletas passam sem grandes complicações, com a noção de que material “light” tem uma vida difícil no L’Antique 200.

Seguimos agora para a Golegã, terra de cavalos, na saída temos mais um pouco de pavé que por ali deve estar colocado há muito tempo.

Seguimos pela lezíria por estradas agrícolas de outros tempos onde o trânsito pouco se faz notar.

Subimos às portas do sol. De olho vivo, pois Santarém é uma metrópole.

É tempo de nos despedirmos das Santarém e de ultrapassar alguns km com algum transito até fugirmos da EN3 para novamente estarmos literalmente no meio da lezíria, entre campos agrícolas e sempre com atenção para não ter percalços mecânicos e furos.

Seguimos para Porto de Muge e para a Ponte Rainha D. Amélia… uma ponte com 120 anos!

Passamos agora por Valada e pelo dique que protege estas gentes ribeirinhas das águas do Tejo.

É tempo de nos despedirmos das lezírias pouco povoadas e regressar. Resistimos e por isso logo a seguir, em Vila Nova da Rainha, “fugimos” da EN 3 rumo à Vala do Carregado e à estrada do Apeadeiro

Vila Franca de Xira está a um pulo, percorridos os 219 km do L’Antique 200 que em 2014 fez 10 anos!