Um misto de emoções que se vivem

José Almeida
Randonneurs Portugal Nº20130135
Paris Brest Paris 2015

Roupa e bicicleta

Quanta à roupa, levar pelo menos uma muda de calções, 2 pares de meias,  camisolas térmicas, casaco e impermeável ou corta-vento a noite é sempre  fria. A roupa deve ter sido usada pelo menos duas vezes para ter a certeza que é confortável, válido também para o calçado. Não esquecer uma pomada anti-fricção muito importante para os calções e pés.

A bicicleta deve ser aquela com que se fez os Brevet. Equipamento, aconselho a instalar um dínamo, deixa de se ter a preocupação da autonomia das baterias. Não esquecer de levar uma luz de reserva. Equipamento de reserva, duas câmaras-de-ar, kit de ferramenta, kit de remendos e um link rápido para a corrente.

Alimentação e descanso

Barras e gel devidamente testado, comer nos intervalos das refeições. As refeições podem efetuadas nos postos de controlo, mas há muitos sítios ao longo do percurso para as fazer com menos tempo de espera, tentar não perder muito tempo, é fácil nestas ocasiões perder a noção do tempo.

Descanso, para mim é um dos pontos mais importantes em conjunto com a alimentação para se realizar com sucesso um evento destes. Dormir nos postos  de controlo é uma opção, tem alguns inconvenientes, há sempre gente a  entrar e sair, algum barulho. O tempo de espera para um lugar também é um factor.

Dormir quando realmente se tem sono e não porque estava programado, pode-se perder tempo e não conseguir dormir. Se o tempo estiver favorável é preferível dormir na beira da estrada, há menos barulho e muitos sítios. Fazer várias paragens curtas para relaxar o corpo.

Chegar a Brest metade está feito, é a partir daqui é que se começa a sentir as verdadeiras dificuldades, é importante chegar o mais rápido possível a Brest para se poder gerir melhor o tempo daqui para a frente, o corpo está mais cansado é preciso fazer mais paragens e descansar mais, o sono toma conta de nós, os quilómetros custam a passar, a nossa mente começa a querer entrar para outra dimensão e aí é que temos que estar mais atentos, ao primeiro sinal parar e descansar, por vezes basta um simples descuido e estás a dormir em cima da bicicleta.

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O que mudaria

Horas para dormir. Dormir de dia e rolar mais à noite, é mais fácil nos postos de controlo, menos gente para uma refeição rápida e para o controlo.

Do que gostei

Seriam poucas as palavras para o dizer, é um misto de emoções que se vive, desde a chegada com todo um mundo quase novo de gente e bicicletas para todos os gostos, a saída com um mar de gente a dar força, quer ao longo de todo o percurso pessoas com pequenos abastecimentos que ofereciam com satisfação nunca vista.

O PBP não começa aqui, começou muito antes com todos os Brevets que se teve que fazer e isso só foi possível porque há pessoas que disponibilizaram do seu tempo.

Um obrigado especial ao Pedro Alves, e a todos os voluntários que ao longo dos anos estiveram nos postos de controlo e aos meus companheiros de longas viagens, sem eles não o teria feito.

Até Breve(t)

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