" ... desde a pré-inscrição em Janeiro, não passou um dia que não pensasse no PBP, mas de uma forma tranquila, ler/ouvir muitas experiências, treinar, fazer a série ... "

José Mota
Randonneurs Portugal Nº20130132
Paris Brest Paris 2019

Nothing that’s worth anything is ever easy – Mike Hall

Descrever o que acabou de acontecer não é uma tarefa fácil, desde a saída que as memórias se foram tornando cada vez mais difusas e fragmentadas à medida que fui acumulando kms.

Quero começar pelos agradecimentos, em primeiro lugar à minha mulher Diana e filhos, Jaime e Clara, que tiveram que suportar todas as minhas ausências e me apoiaram nesta aventura. Também à restante família que sempre me apoiaram e aturaram sem perceberem muito bem o que raio é isto dos “randonneurs”.

A todos os randonneurs que têm participado nos brevets em Portugal, duma forma ou de outra houve sempre coisas que aprendi convosco.

Não posso esquecer a empresa onde trabalho, sem saberem, contribuíram muito para o meu sucesso, a abertura que têm e a flexibilidade de horários permitiu-me gerir tudo com calma, família, trabalho e treinos.

Um agradecimento especial ao Pedro e Filomena por tudo o que têm feito pelos Randonneurs Portugal, e em particular comigo contribuíram enormemente para que eu tivesse sucesso quer no PBP, mas muito antes disso nas séries de brevets que completei.

Sinto-me genuinamente grato a todos por terem contribuído para aquilo que sonhei durante 4 anos.

O PBP 2019 para mim começou em 2015, ano de PBP, neste ano estava muito longe de estar preparado e nem ponderei sequer ir. Foi uma altura em que desistir de brevets era frequente para mim, no entanto vi a comitiva portuguesa a ir para Paris e senti um desejo enorme de querer participar neste evento tão grande, que tem escala mundial. Lembro-me bem de ter pensado que tinha 4 anos para me preparar.

2016 passou e voltei a desistir de brevets, fiquei muito frustrado, não sabia bem o que fazer e em 2017 decidi que ou fazia a série naquele ano ou então desistia de vez de participar em brevets concluindo simplesmente que aquilo não era para mim. Mas custava-me muito ter que aceitar “que isto não era para mim”, esta paixão aumentou com o tempo, não diminuiu. E então levei as coisas um pouco mais a sério.

Comecei por “pedir” ajuda a quem sabe, tinha que ouvir as pessoas que conseguem e fazer igual ou parecido, pois à minha maneira não estava a resultar, e em 2017 completei a série toda pela 1ª vez, voltei a acreditar que era possível, repeti as séries em 2018 e 2019.

2019 ano do PBP.

Penso que desde a pré-inscrição em Janeiro, não passou um dia que não pensasse no PBP, mas de uma forma tranquila, ler/ouvir muitas experiências, treinar, fazer a série, pensava que tudo o que fazia de alguma forma contribuiria ou não para o sucesso da experiência.

Penso que ter completado 3 séries anteriormente, me deu tranquilidade e experiência mas não me deu garantias de sucesso, apenas aumentou um pouco a probabilidade de concluir o PBP. Isto também é verdade para outras distâncias, terminar um 200k não implica que se consiga terminar um 300k e assim por diante, é um mindset que não corresponde à verdade e é fonte de frustração, quando se tenta uma distância maior e não se consegue.

O PBP foi muitas coisas para mim, foi mais do que apenas pedalar 1230 kms.

O PBP foi um evento social. As pessoas vão ali para pedalar mas também para socializar, muito. Confesso que não investi muito nesta parte, ainda assim falei com muitas pessoas, o colete dos Randonneurs Portugal foi quase sempre um “desbloquedor” de conversa… “Portugal” dito com as mais variadas pronúncias, uns sorrisos e meia dúzia de palavras enquanto se pedalava. Noutras alturas estava demasiado focado na pedalada e no tempo e nem dizia nada, outras vezes o sofrimento e a dor não permitiam a mente libertar-se para o que estava à minha volta.

O PBP foi um sonho. Penso que qualquer randonneur que faça distâncias maiores e com alguma regularidade, em algum momento pensa em fazer o PBP, como alguém disse é o “pináculo do calendário randonneur”. É aquele brevet que toda a gente quer fazer pelo menos uma vez. Foi assim comigo também, sonhei e desejei muito e o sonho concretizou-se. Sou um privilegiado.

O PBP é duro. Não é só a distância, que por si só já é muito difícil, o PBP sobe muito, mesmo muito.

Analisei o percurso várias vezes, ouvi experiências passadas que mencionavam este facto, mas foi muito mais do que esperava. Longas subidas com pouca inclinação é verdade, mas longas e muitas e ao longo do percurso todo. O único troço que senti que não era a subir (muito) foram os últimos 45km, entre Dreux e Rambouillet, mas neste ponto já tinham passado 1185km de sobe e desce. Completamente demolidor, mas a satisfação de participar foi muito maior do que a dureza sentida.

O PBP é longo … muito longo. Podem ser até 90 horas, para mim foram 87 horas. A gestão do tempo é um aspecto fundamental em que eu falhei e muito. Penso que entrei numa ilusão de que tinha tempo suficiente para lá chegar e de certa forma isto é verdade, mas quaiquer 5 minutos perdidos podem ter consequências, especialmente se forem muitos 5 min…. e muitas vezes os 5 min. passam a 30 min. sem se dar conta.

A saída este ano foi em Rambouillet, uma cidade muito castiça e acolhedora a invocar outras eras mais antigas. Estava decorada para receber o PBP, se bem que parte desta decoração foi aproveitada de uma etapa do Tour de France, de qualquer das formas os franceses são exímios no apoio a qualquer evento ciclístico, e o PBP não é um qualquer evento, por isso o aprumo era muito elevado.

Rambouillet

Castelo no parque da saída.

Adornos relacionados com ciclismo pela cidade toda.

Uns calções que fariam jus ao meu andamento.

A caminho do bike check.

Bike check molhado,

PBP abençoado

It’s real. É o meu nome que está aqui nesta placa. Um privilégio e um orgulho imenso.

Na fila para sair, estava entusiasmado e motivado.

Já tinha passado o ponto sem retorno, a partir daqui só pedalar.

Quase, quase a sair com o Manuel Miranda.

O 1º dia e noite correram lindamente, tudo dentro do plano, cheio de energia, tanto eu como as outras pessoas, grandes grupos sempre a andar, lembro-me de ir num grupo de umas 40 pessoas, ía lá no meio com um ritmo elevado e sem grande esforço. Foi a 1ª vez que andei inserido num grupo tão grande e foi espectacular. As coisas complicavam-se depois nas subidas, o meu calcanhar de Aquiles, e acabei por perder estes grupos que íam aparecendo. A noite entretanto cai e fico meio sozinho, há sempre pessoas à frente e atrás, tentei andar com algumas pessoas, mas senti muitas vezes que o pessoal, pelo menos ao início, não estava com muita vontade de estar junto, o que me deixou um pouco desiludido, na minha ingenuidade o PBP para mim seria um momento de partilha de uma experiência, e não compreendi bem o que se passou nesta 1ª noite. Tentei andar com 2 tipos, a língua comum facilitou a comunicação, mas senti sempre uma certa distância, até que desisti de me esforçar e segui “sozinho”. Curiosamente encontrei-os mais 3 vezes, uma delas no final, com uma atitude completamente diferente. Este episódio merece destaque porque me marcou e fez-me pensar que a distância, o sofrimento, o sacrifício e o cansaço, comum a todos, vão mudando as pessoas, o que eu sinto é que à medida que os kms vão passando as pessoas, eu incluído, vão perdendo as “defesas” e ficam mais conectados às suas emoções  e uns aos outros, como se a experiência se tornasse mais pura emocionalmente à medida que os kms se acumulam. É neste estado que aprecio um nascer do sol como se fosse a 1ª vez que o vejo, sem nada na cabeça, a não ser uma sensação enorme de bem-estar.

(Foto emprestada) Experienciar um nascer do sol como este no contexto PBP é inexplicável.

Mas houve outros com quem me entendi bem e as coisas funcionaram bem, com muito pedal e conversa. A 1ª noite foi linda, com o céu limpo sem a poluição luminosa das cidades via-se a Via Láctea, uma enorme mancha “leitosa” de estrelas, a lua estava a ir de cheia para minguante, mas ainda grande o suficiente para fazer um luar espectacular, de tal forma que fazia sombra e recortava a floresta com uma silhueta de encher a alma. À minha frente a visão era assoberbadora, centenas de luzinhas vermelhas a baloiçar na escuridão, naquele silêncio noturno em que apenas se ouve o besourar das bicicletas.

Caras conhecidas numa das muitas banquinhas (Francisco Serôdio)

O 2º dia correu muito mal, estava sem energia e com uma pedalada muito lenta.

Este dia comprometeu completamente o que se viria a desenrolar a seguir. Perdi imenso tempo, nas banquinhas dos populares, nos PCs, no meio do nada só porque sim…. Foi aqui que mais me iludi com o tempo, parece que é muito mas no fundo não é. Optei durante o dia por fazer duas sestas de 30 min porque estava com sono, pensado que roubaria este tempo à soneca da noite seguinte e que não havia problema, mas a verdade é que terminei o dia com quase 4 horas perdidas relativamente ao plano inicial o que me deixava mais ou menos 1 hora para dormir na 2ª noite. O meu objectivo era ir até Carhaix para dormir 5 horas mas cheguei lá a poder dormir 1 hora, e com 35h de pedal. Carhaix foi horrível, o PC estava cheio de pessoal, o chão estava pejado de pessoas a dormir, era impossível andar sem ser a passar por cima das pessoas, apenas 2 casas de banhos (uma de homens e uma de mulheres) para centenas de pessoas. Com apenas 1 hora para dormir o objectivo era despachar o que fosse preciso (carimbar, comer e wc) e atirar-me para um lado qualquer. Mas que lado?? encontrei um espaço em que cabia mas ficava com as pernas dobradas, não iria dar para dormir bem. Olhei para o lado e vejo um caixote pequeno, ok vamos tentar uma coisa, coloquei o caixote junto às pernas do companheiro à minha frente e meti as minhas pernas em cima do caixote para poder passar por cima das dele eh eh eh, que cena, um jogo de tetris àquela hora e cheio de sono, mas resultou e dormi todo esticado. Sobe bem a soneca mas uma hora depois estava na hora de arrancar.

Por esta altura já me tinha “caído” em cima a consciência do tempo perdido e arranquei nas horas que mais detesto andar, ali pelas 4 ou 5 da manhã.

Sair de Carhaix para Brest foi penoso, doloroso mesmo, fisicamente estava com dores musculares, mentalmente só pensava que tinha de seguir. Vesti toda a roupa que tinha e ainda assim o frio estava quase a roçar o insuportável, esta noite foi mesmo difícil, penso que foi nesta altura que soube do abandono de um companheiro e isso mexeu um pouco comigo. Foi nesta noite que tive o meu momento, “mas o que raio ando eu aqui a fazer?”, contudo sentia uma força e determinação inabaláveis, estes pensamentos vieram mas duraram pouco tempo.

Cheio de sono, frio e com medo do caminho para Brest, uma vez que este troço é bem difícil, rapidamente voltei a uma atitude mais positiva, naquele momento estavam mais pessoas ao meu lado que continuavam a esforçar-se, eu também iria conseguir, eu estava a viver aquilo que tinha sonhado durante quase 4 anos, e queria continuar a fazê-lo.

Chegar a Brest é um dos momentos mais icónicos do PBP, especialmente ao atravessar a tal ponte famosa. A hora não podia ser a melhor, já tinha amanhecido e o sol já afagava um pouco a pele, as pessoas estavam felizes, toda a gente pára ali e sorri para a foto. Eu não fui excepção, estava atrasado mas parei apenas para descobrir que tinha ficado sem forma de tirar uma foto, telefone e máquina sem bateria. Fiquei um pouco aborrecido mas continuei, passados uns kms lembrei-me que tinha um power bank e podia lá ter ligado o tlm para a foto, mas já não voltei atrás. Fica-me a memória do momento, penso que é daqueles que não esquecerei. No controlo de Brest foi a rotina do costume, carimbar, comer, wc e sair o mais rápido possível, desta vez com bastante companhia, saiu um grupo enorme onde também estavam o Luís Inácio e o Francisco Serôdio, foi bom poder falar português com companheiros bem conhecidos.

O dia estava cinzento em Brest mas tornou-se num belo dia com o passar das horas, sol e algum calor, reconfortante para corpo após uma noite gelada. Esta luz adornou a paisagem rural e de tempos a tempos pequenos lugares iam surgindo pelo caminho. O regresso é engraçado porque partes que fiz à noite estava a fazer de dia e a perpectiva é completamente diferente. Por aqui andei com um miudo inglês muitos kms, também andei com um tipo dos Randonneurs Seattle, muita conversa e muitos kms que passaram a voar. Não foram rápidos mas foram muito agradáveis, a atmosfera era positiva, estava tudo “morto” mas com um sorriso na cara e a andar com prazer, com a satisfação de estar a viver algo que é grande.

Animação nos PCs era constante. Simplesmente incrível a dedicação e entrega dos franceses.

O destino era Loudeac para ver se descansava a sério. Aqui foi a 1ª vez que encontrei a Filomena e o Tiago Rainha na auto-caravana e foi tão bom.

A única coisa com que tive de me preocupar era em dizer o que queria, meteram-me comida à frente, o Tiago fez qualquer coisa na bike, deram-me barras sei lá… foi mesmo bom. Um obrigado especial aos dois por este momento.

Estava planeado tomar banho e mudar de roupa, mas que se lixe dormir era mais importante e acima de tudo dormir na minha cama, já ía com 52h de pedal e apenas 2 horas de sono.

Eles acordaram-me 1 hora depois, soube bem. Mais uma noite inteira de pedal me esperava. Custa tanto recomeçar, ainda mais à noite e com frio. Mas a minha determinação continuava em alta e recomecei lentamente a pedalar. Durante a noite é de notar o apoio dos populares com banquinhas abertas com café, chá, àgua e bolos, é espectacular e muito reconfortante ir encontrando pessoas durante a noite sempre a apoiar.

Seguiu-se o mesmo de sempre, pedalar, carimbar, comer, wc sempre em loop. O dia seguinte amanheceu solarento, foi tão bom começar a sentir o sol a fazer festinhas na pele e a aquecer o corpo. Já com o dia avançado encontro o Pedro Alves que passou por mim num comboio de alta velocidade, eu ía a pastelar mas acelerei para poder apanhá-lo e falar com ele um pouco.

Este encontro foi muito importante para mim, senti-me mais seguro e confiante. Pedalámos apenas 40km juntos mas foram 40km que fizeram diferença. Fiquei mesmo feliz e com a confiança reforçada. Atingi a marca dos 1000km por esta altura “Vous avez déjà fait 1001km”, algo que mete um sorriso de orgulho na cara de qualquer um.

Em Villaines-la-Juhel com o Pedro. Primeiro carimbo acima de 1000 km (1012 km).

Chegámos juntos a Villaines-la-Juhel e fomos a “casa”. Desta vez tomei banho e mudei de roupa, sempre questionei um pouco esta opção, muitas pessoas acham que sim, outras tantas acham que não. Mas digo-vos uma coisa, sabe mesmo bem tomar banho e mudar de roupa. A sensação é de recomeçar, psicologicamente o efeito é milagroso e isso depois traduz-se no pedal.

Nesta altura faltam-me 207 km e 18 horas para o fazer. Já tenho 71h de pedal e umas 4 horas de dormida espalhadas em sestas, como é que é possível… O foco mantém-se em pedalar até ao próximo PC sempre com determinação e concentrado.

Em Montagne au Perche a auto-caravana estava lá de novo, e a Filomena deu-me comida e o Tiago tratou-me da bike, pensava que tinha um stress no guarda-lamas mas afinal Tiago percebeu que eram os travões e arranjou-os, foram uns queridos e soube tão bem ser tratado assim, estavam ali os dois disponíveis para ajudar e a dar incentivo, foi espectacular.

A decisão mais díficil do PBP…

Estava muito cansado e cheio de sono, com 78h de pedal e as mesmas 4h de sestas, estava em casa, atrás de mim estava a minha cama, já era noite e estava com o tempo apertado…. queria tanto dormir... senti que iria chegar a “Paris” a questão era se chegava dentro do tempo ou não.

Enquanto comia pensei no que podia fazer, até que disse à Filomena, “vou-me já embora, tenho que chegar a Dreux, se der durmo lá”. Aquilo saiu-me de repente, mas estava decidido a fazê-lo e não tinha dúvidas que era o que queria fazer, chegar atrasado não era opção e esta determinação manteve-se inabalável. Seguiu-se mais uma noite a pedalar, 77 km muito difíceis, a noite estava gelada de novo, subidas intermináveis, muito sono, mesmo muito, foi neste troço que mais senti o efeito de não dormir. Tive que parar muitas vezes, bebi uns cafés, falei com pessoal, dormi 10m na beira da estrada sentado com um frio do caraças, pelo caminho a quantidade de corpos exaustos a dormir em qualquer lado no chão impressionou bastante, especialmente tendo em conta o gelo que estava, mas cheguei a Dreux pouco antes do amanhecer.

Carimbar, WC, comer, a rotina do costume. Termino tudo e são 6h10 da manhã, tenho aproximadamente 5h30 para fazer 45km, que alívio. Podia até ter dormido, mas a cabeça e o corpo têm coisas inexplicáveis, senti uma energia quase impossível de conter e saio de Dreux rumo a Rambouillet, o destino final. Como é possível estar assim tão energético após 84h de pedal e 4h de dormida… não sei, mas fui a voar para Rambouillet. A atmosfera entre o pessoal era muito descontraída, toda a gente a falar e a rir, o alívio de todos era notório, estávamos lá, íamos chegar de certeza. O cenário não podia ser melhor, campo, o nascer do sol, foi especial. Ainda estava frio quando estava quase a chegar, mas ainda fiz uma paragem para tirar a roupa da noite e exibir, com muito orgulho, o jersey dos Randonneurs Portugal, tinha que chegar com a roupa “de domingo” eh eh eh.

Não consigo explicar bem o momento da chegada, tive os meus momentos emocionais antes da chegada quando percebi que iria terminar. É difícil meter em palavras este sentimento, tive tempo para rever o meu percurso todo mentalmente, desde 2011, ano em que comecei a andar de bike e o meu único desejo era ir para o trabalho de bike. Desde então muita coisa mudou no que à bike diz respeito e estava ali agora, quase a terminar o PBP 2019.

O momento da chegada em si é apenas um instante, já está, consegui. Na chegada houve uma recepção enorme, foi de manhã e estavam montes de pessoas a aplaudir e a gritar “bravo” à medida que o pessoal ía chegando. Fui agradecendo e a pensar que o papel daquelas pessoas é muito importante para o PBP, são uma parte fundamental da atmosfera que se vive no PBP.

Quiz: Quem está torto? Eu ou a foto?

Tempo para o último carimbo e para receber a medalha de “finisher”.

Consegui.

Termino o PBP com esta sensação de que quero fazer mais e melhor, sem saber bem ainda o que isso quer dizer. Alguma coisa mudou em mim.