A visita dos coletes fluorescentes ao Reino do Granito

Mário Carvalho
Randonneurs Portugal Nº201400023
Gerês 200 @ 2016

207Km // 2850m AC+

Mesmo com a escrita enferrujada, aqui ficam algumas linhas acerca do meu primeiro Brevet de Randonneurs Mondiaux do ano, o segundo a constar do calendário 2016 dos Randonneurs Portugal. O pretexto: uma novidade chamada BRM Gerês 200. Porque não pude alinhar no L’Antique, e especialmente porque é um brevet novo, não queria mesmo falhar este.

Depois dos 320Km da aventura até à Las Vegas Transmontana terem sido feitos após três semanas de paragem, desta vez seguiram-se outras duas semanas longe da bicicleta. Se as implicações na parte física há muito que deixaram de me preocupar, a parte logística prévia acaba sempre por se tornar caótica, fruto certamente da procrastinação que insisto em promover.

Para complicar, uma meteorologia instável que provocou algumas dores de cabeça na hora de escolher as vestimentas. Será roupa a mais, será roupa a menos? Depois de olhar a previsão pela décima vez, decidi optar por um conjunto mais protegido mas versátil, a pensar em eventuais abertas solarengas. A Barley ganhou novamente o módulo externo de carga, com um casaco, umas meias e uma camisola interior suplente, roupa que estaria de prontidão caso a chuva fosse mais insistente do que a resistência das camadas iniciais.

A anunciada chuva ditou também que desta vez a Lynskey fosse guarnecida com guarda-lamas. Aprendi a apreciar o conforto extra que proporcionam e revelaram-se uma escolha inteligente já que a estrada se apresentou molhada em grande parte do percurso. É que a água que salpica das rodas molha quase tanto como a que cai do céu!

O resto dos pertences que levo comigo são mais ou menos comuns a todas as voltas. Contudo, são coisas que acabam por ficar guardadas e espalhadas por vários lugares de casa e que tenho de voltar a reunir em vésperas de sair para a estrada. Há de chegar o dia em que isso acontecerá com tranquila antecedência, mas ainda não seria desta vez…

Duas horas e meia de sono, últimos preparativos matinais, primeiro pequeno-almoço do dia, bicicleta e tralhas dentro do carro: Estava pronto para arrancar até aos arredores de Esposende! A viagem é rápida e os preparativos finais no local são feitos com toda a calma.

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Bike check sem sobressaltos

O bike check decorre sem sobressaltos: O colete é homolgado, o capacete está colocado e as luzes frontais/traseiras são regulamentares e em perfeitas condições de funcionamento. Estava agora pronto para os 30 segundos que demora a tratar a parte burocrática de um brevet. Rapidamente uma assinatura no termo de responsabilidade é trocada pelo brevet de cartolina amarela, fiel depositário dos carimbos que provam o cumprimento do percurso.

Caras novas, caras estrangeiras e caras de sono acompanham o briefing inicial, com as habituais indicações gerais e particulares acerca dos randonneurs, do brevet e do percurso. Durante o briefing cai o primeiro aguaceiro do dia, revelando o mote para as horas seguintes.

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 7h00 da manhã tudo pronto para começar…

Às 7h00 da manhã está tudo pronto para começar. Porém, os arranques dos brevets são sempre algo cómicos: O evento começa à hora marcada mas, de facto… não começa! Não há uma debandada estrada fora, nem grandes pressas e muito menos atropelos de qualquer espécie. Os randonneurs olham uns para os outros, desejam bom brevet e, vagarosamente, vão dando as primeiras pedaladas do dia. Tudo muito low profile, tal como a filosofia que nos move…

Já com todas as rodas em movimento, a fila fluorescente e luminosa que se espreguiça ao longo da N13 confirma um brevet muito participado, como aliás são quase sempre os de 200km. Bom seria ver este número manter-se nos mais longos.

Ao fim do primeiro punhado de quilómetros já se formam pequenos grupos, dentro de dois grandes grupos. Seria assim praticamente até final. É esta a dinâmica de um brevet. Vamos sempre preparados para pedalar sozinhos do princípio ao fim, mas quase sempre encontramos alguém que segue ao nosso ritmo.

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O saco perdido…

Contudo, e apesar da boa companhia, nos primeiros quarenta quilómetros não estava totalmente confortável. Rolava a um ritmo ligeiramente superior ao meu e isso, além de imprudente, é algo pouco inteligente, especialmente vindo de alguém que se propõe pedalar 200km…

Fui trocando algumas palavras com os outros Randonneurs mas nesta altura não estava propriamente muito sociável. Foi, por isso, com algum alívio que cheguei ao primeiro posto de controlo, em Amares. Hora de reajustar a vestimenta, mandar alguma roupa para o saco, reiniciar o sistema e preparar-me para os 40Km seguintes até ao posto de controlo de Rossas. A paragem foi um pouco mais demorada do que o necessário, mas foi proveitosa para cortar com aquele registo inicial menos conseguido.

Um par de quilómetros depois de arrancar, um aglomerado de randonneurs parados denuncia algum problema. De facto, a Lenita havia esquecido o saco com alguns itens importantes no posto de controlo e debatia-se agora com a ingrata decisão de continuar ou de voltar para trás. Vendo que o problema se haveria de resolver sem intervenção de terceiros, os restantes randonneurs seguiram caminho. Eu e o Luís acabamos por ficar por ali e, pouco depois, com uma chamada telefónica o problema estava resolvido. O saco perdido iria viver uma aventura paralela até se reencontrar com a dona e nós os três continuaríamos a pedalar em direcção a Rossas.

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A terceira randonneuse portuguesa a brevetar

Tanto quanto sei, a Lenita será a terceira randonneuse portuguesa a brevetar — e fazia-o pela segunda vez — num universo de várias dezenas de randonneurs que já participaram, ao longo dos últimos anos, em brevets realizados em solo nacional. Infelizmente esta é uma assimetria ainda difícil de esbater mas que, espero, possa ser contrariada com o exemplo dado por pioneiras como a Ângela, a Patrícia e a Lenita.

Mas se já é algo raro encontrar uma randonneuse, mais raro ainda é encontrar uma que fale com propriedade, entusiasmo e na primeira pessoa acerca de percursos de montanha. Trocamos notas acerca das fantásticas subidas que temos a sorte de já escalado. E claro, perspectivamos conquistas futuras. Afinal de contas, ainda há muitas estradas desertas e fascinantes para descobrir!

Aparte de tudo isto, a Lenita é de uma boa disposição contagiante e, juntamente com o Luís, fez com que aquele desconforto dos quilómetros iniciais se desvanecesse totalmente. A ajudar estava também a estrada, que começou a estabelecer o mote de beleza, num crescendo que só perderia fôlego quase uma centena de quilómetros depois.

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Mais animado…

Cheguei a Rossas bastante mais animado. À nossa espera, uma novidade. Ao invés do habitual café/pastelaria/restaurante, o posto de controlo escolhido implicava uma visita à farmácia local. Felizmente apenas saímos de lá com o carimbo no brevet e a simpatia de quem nos recebeu!

Mais abaixo, “O Nosso Café” afigurava-se, à primeira vista, apenas como uma opção para uma paragem rápida antes de seguir viagem. Mas, quando alguém que saía de lá de dentro elogiou a sopa, reagi de forma quase Pavloviana!

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Sopa é o combustível oficial dos Randonneurs

A sopa é o combustível oficial dos Randonneurs e qualquer desculpa é boa para me sentar frente-a-frente com ela. Consultei o relógio para confirmar que se tratava de uma hora civilizada para almoçar e não hesitei em me juntar à mesa dos randonneurs para uma paragem mais prolongada. Comer algo substancial agora teria a vantagem de permitir alguma digestão antes de enfrentar as subidas seguintes e evitaria mais paragens gastronómicas até ao posto de controlo seguinte, daí a mais 40km.

A sopa de legumes “feita ao lume” exigiu cuidados especiais, para evitar um regresso à farmácia com queimaduras de segundo grau. Mas, tal como a sandes de panado feita na hora que a acompanhou, estava divinal. Assim se acumulou energia providencial para enfrentar as duas subidas mais a sério do dia: primeiro para chegar às Cerdeirinhas via Vieira do Minho e, pouco depois, para os belos mas desgastantes 13km da subida desde as Pontes da Caniçada até Campo do Gerês.

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A partir de Rossas e até Terras de Bouro desenrolava-se então o miolo mais montanhoso do brevet. Estradas que também já conhecia de outras aventuras, mas que são sempre interessantes de revisitar. A rota escolhida é uma espécie de cartão de visita do Gerês, amostra que terá certamente o condão de espicaçar a curiosidade dos forasteiros em conhecer mais daquilo que se esconde por detrás das imponentes montanhas.

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Este bloco começa com as bonitas estradas que rodeiam a Barragem do Ermal, do lado oposto ao dique. Serpentes de asfalto à moda antiga, que dançam ao sabor das encostas ao invés de as cortar a direito. Desesperantes para quem faz do automóvel o seu meio de transporte mas uma verdadeira delícia para os ciclistas que gostam de ver coisas bonitas. O grupo que saiu de Rossas espalha-se ao sabor da descida e da subida que se lhe segue. Denominador comum, o Afonso como fotógrafo de serviço. Desde bem cedo no brevet, a cada curva inesperada, lá está ele a recolher mais umas imagens para a posteridade…

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Um olho na estrada e o outro na maravilhosa paisagem…

Pouco depois, cruzamos o Rio Ave. Daí até às Cerdeirinhas sobe-se a bom ritmo durante mais de 6km. A partir de Vieira do Minho desaparecem as tais curvinhas mágicas e a estrada é uma normalíssima e sensaborona variante. A envolvente é agradável e isso vai ajudando a levar a subida de vencida.

Alcançamos a N103, desta vez a horas mais próprias do que as 4 da manhã em que lá pedalei da última vez, quase congelado, a caminho de Montalegre. Dura pouco a incursão, já que o cruzamento para o Gerês é logo ali à frente.

A famosa subida das Cerdeirinhas desta vez seria a famosa descida das Cerdeirinhas e é feita com um olho na estrada e o outro na maravilhosa paisagem que se vai desenrolando até revelar o grande atractivo do dia. Lá em baixo a albufeira da barragem da Caniçada banha as imponentes e verdejantes encostas da Serra do Gerês. A atravessa-la, as icónicas pontes brancas. É impossível ficar indiferente a este impressionante postal do nosso único Parque Nacional…

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Chegados à Caniçada, cada um espalhou-se pelo melhor local para uma boa fotografia. Pouco depois, reagrupados junto à marina, iniciamos a grande subida do dia.

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Não havia grandes pressas, até porque a paisagem é digna de contemplação. Por isso, ao longo da subida e enquanto o sol permitiu, desdobramo-nos em fotografias. Uma primeira paragem no Santuário do São Bento da Porta Aberta, para nos despedirmos da albufeira. Depois, ao longo da subida, não faltaram motivos de interesse cénico… quase não se dava pela constante inclinação que nos puxava para cima.

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Pelo caminho apanhamos o Paulo, mestre dos auto-retratos e o Jacinto. O grande Jacinto. Um randonneur que é uma verdadeira força da natureza e um inspirador exemplo de jovialidade. Espero sinceramente poder chegar à idade dele a pedalar com todo aquele entusiasmo e alegria!
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O céu começou a ficar preocupantemente cinzento…

Feitos os retratos, restava o último terço da subida. Por esta altura, o sol que nos tinha acompanhado ao longo das últimas horas decidiu ir almoçar mais cedo e o céu começou a ficar preocupantemente cinzento. E depois cinzento escuro e depois… pois!

Ao chegar ao Campo do Gerês e já bem perto do posto de controlo, a grande chuvada do dia. Uma bátega gelada, ali mesmo na fronteira térmica entre chuva e o granizo, e que nos forçou a procurar abrigo por uns minutos, num alpendre à beira da estrada. Acalmado o dilúvio mas ainda debaixo de chuva gelada, chegamos finalmente ao posto de controlo, instalado na recepção do parque de campismo de Cerdeira.

Circunstância comum de muitos brevets: a chegada de um grupo ao posto de controlo foi coincidente com a saída de outro. Estes reencontros, ainda que fugazes são sempre motivo de satisfação e de troca de calorosas palavras. Apesar de separados pelo ritmo das pedaladas, continuamos juntos no brevet. Assim, enquanto um grupo se lançava à chuva gelada, o nosso procurava conforto no anunciado petisco do restaurante.

O (segundo) almoço foi bastante agradável, em sala com mais randonneurs do que clientes “à civil”. A paragem permitiu recarregar as baterias dos brinquedos electrónicos, secar alguma roupa e continuar a conviver fora da bicicleta.

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Mas, por muito agradável que a temperatura e a conversa estivessem, o relógio nunca pára e ainda faltavam percorrer 90km antes de dar o brevet como terminado. Por isso, chegara a hora de voltar a enfrentar o frio e as ameaças de chuva.

O regresso à estrada foi presenteado com uma aberta no tempo, essencial para podermos absorver a esmagadora e inimitável envolvente que se concentraria nos quilómetros seguintes. Estamos no reino do granito e tudo quanto a vista alcança é forjado, moldado ou apoiado pela rocha.
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Pessoalmente acho a vista sobre a Barragem de Vilarinho da Furna, já na subida para Brufe, um dos mais impressionantes panos de fundo para qualquer fotografia ciclística de antologia. Desta vez, como noutras ocasiões, não havia tempo para montar a minha parafernália de engenhocas e encetar um auto-retrato. Ainda assim, foi possível registar aquela magnífica vista, coroada por um etéreo e esperançoso arco-íris. Aliás, o colorido fenómeno óptico foi presença assídua ao longo do dia, cortesia da indecisão entre sol e chuva sobre quem seria o protagonista no céu.

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Mais umas centenas de metros a subir e, perto de Brufe, a meteorologia fecha rapidamente para nova bátega. À conta disso não houve fotografias do bonito vale que é possível observar lá do alto nem tampouco trouxe registos da paleta de cores presente na descida por Cibões, naqueles que seriam dos últimos cenários verdadeiramente espectaculares do dia.

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Na verdade, praticamente não mais fotografei até ao final. Numa primeira fase ia demasiado entretido na conversa com o Valter. Depois a estrada tornou-se mais movimentada e a atenção deixou de estar nas fotografias. Falhei, por isso, pormenores interessantes como as paragens de autocarro bem coloridas e divertidas nos arredores de Vila Verde.

Porém, ao passar em “Barbudo”, não poderíamos deixar passar a oportunidade de fazer um registo dedicado ao Vítor Machado, que desta vez não pôde alinhar no brevet mas nem por isso deixa de estar lá para nos assombra… err… apoiar!

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Até chegar à Vila de Punhe a estrada desenrolava-se num ondulado muito característico desta região: o famoso “rompe-pernas”. O trânsito aumentou substancialmente e as conversas coerentes deram lugar a uma atenção redobrada para as movimentações dos restantes utilizadores da via.

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Uma última paragem rápida para preparar a chegada das horas de escuridão, comer qualquer coisa e esticar as pernas. Daí para a frente entramos em modo de eficiência. Pedalar para cumprir o objectivo, sem grandes devaneios nem distrações.

Já pedalávamos completamente envoltos pela escuridão quando, ao longe, vislumbramos um ciclista que se destacava claramente, sinónimo de que seguramente ali ia um randonneur. E, de facto, mais umas centenas de metros e alcançamos o Jacinto, também ele em busca do último posto de controlo. De olhos colados nas casas, procuramos uma placa ou um reclamo que indicasse o lugar de paragem obrigatória. Pouco tardou para que o encontrássemos. Já lá estavam Lenita, o Luís e o João. João que começou o dia como randonneur e acabou como operador de câmara, tendo acompanhado alguns dos aventureiros desde a subida para o Campo do Gerês até ao final.

O nosso interlocutor no último posto de controlo era bastante reservado e poucas palavras se trocaram. “Só se for Frutol” foi a frase mais longa que dele ouvimos e bastou para ficar na memória!

Mal arrancamos para o troço final, surgiu o habitual pico de energia que sinaliza a proximidade do final da aventura. Mandamos a gestão de esforço às urtigas e, literalmente, disparamos por ali fora… Talvez tivesse sido do Frutol de laranja, como diria depois o Valter. Mas o certo é que, com as Marinhas já no horizonte, os últimos 10km foram literalmente devorados, rolando sempre acima dos 35Km/h. Com o entusiasmo “perdemos” o Jacinto, que chegou poucos minutos depois de colocarmos o último carimbo no brevet.

Contas feitas, terminamos o brevet em 13 horas, ainda com meia hora de sobra em relação à hora de encerramento do último posto de controlo.

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Pessoalmente acho que os brevets de 200Km têm o condão de servirem para a comunidade se entrosar, num ambiente mais relaxado. Uma espécie de convívio volante. E isso é importante antes das coisas se tornarem um pouco mais sérias (ou pelo menos um pouco mais auto-geridas) nas distâncias maiores. Por isso, apesar de os encarar com responsabilidade tento aproveitar estas aventuras “mais pequenas” para desfrutar das paisagens e da companhia sem grandes preocupações.

Contudo, desfrute não significa, de todo, desleixo. Os constrangimentos horários dos postos de controlo são mantidos debaixo de olho e quando é necessário ajustar a estratégia para manter as coisas sob controlo, assim se faz. Desta vez os 80Km finais eram menos propícios a distracções e, por isso, os primeiros 130 puderam ser mais pastelões…

Isto porque há lugares que merecem uma passagem mais contemplativa e menos metódica. E o Gerês é, sem sombra de dúvidas, um desses locais. Daí não existirem grandes pressas nas zonas mais fotogénicas do percurso. E como num brevet não há primeiros nem últimos… chegamos na nossa hora.

Arrumadas as bicicletas e com mais dois dedos de conversa, estava terminado o dia. A caminho de casa houve ainda tempo para mais um jantar de negócios, óptimo para fazer o rescaldo do dia e para alinhar outras ideias. Aliás, poucos se aperceberam, mas coisas particularmente boas aconteceram neste brevet. E, se os astros se alinharem, poderá bem ser um brevet que fica nas histórias da história. Por vários motivos até. Mas isso são histórias para uma outra altura.

Para terminar, e porque num brevet só pedalamos porque alguém realizou um importante trabalho de bastidores, importa agradecer ao José Ferreira e ao Manuel Miranda terem levado a efeito a organização deste brevet. Não só para homogeneizar a distribuição geográfica dos brevets mas, também, porque o Gerês já merecia uma visita oficial dos Randonneurs. E claro, para que este e outros brevets se realizem, muito trabalho é feito ao longo do ano por todos os voluntários e voluntárias da causa. É esse empenho que permite que uma organização não dependente de interesses comerciais como são os Randonneurs Portugal continue a funcionar…

E pronto. Este está feito! As vidas ditarão qual a próxima aventura e qual o próximo brevet. Espero, contudo, poder estar presente para apadrinhar a nova criação do Rui Rodrigues, o BRM200 Montejunto ao Altlântico. Veremos…

Até breve(t)!

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