Data actualização [2019/01/20]

Terminologia Randonneuring

Velocidade ou ritmo definido pelo randonneur. Nos termos do Audax Club Parisien, cada randonneur é livre de pedalar mais ou menos rápido, conforme considere adequado, desde que termine o brevet dentro do limite temporal definido para a distância.

Os BRM, para olhos menos atentos, podem assemelhar-se a uma “prova” , caso os primeiros randonneurs a concluir um brevet sejam motivados por chegar rapidamente e antes dos que lhes sucedem. No entanto, para a esmagadora maioria dos participantes, é um passeio de bicicleta com um limite de tempo, sendo “convidados a não participar” quem aborde os BRM com uma postura pouco solidária e agressiva, que desvirtue o espirito não competitivo destes eventos.

O companheirismo amigável é frequente, encorajado e imagem de marca dos brevets, assim como uma determinação pouco comum em chegar . Chegar ao fim é o objetivo final, e não a rapidez com que o percurso é realizado. Na verdade, a tenacidade é mais valorizada do que a velocidade.

Veterano. Originalmente designava quem terminasse o Paris – Brest – Paris (PBP). Atualmente o termo aplica-se a um randonneur que termine com sucesso um randonnée mondial(LRM) de 1200 km ou de distância superior.
A chegada de um brevet ou randonnée (LRM).
Clube parisiense de ciclismo de touring.

Iniciou as suas atividades em 1904 com o objetivo de promover o estilo audax de randonneuring. Em 1921, após uma cisão entre associados, tornou-se um clube de randonneuring no estilo allure libre (ritmo livre).

O ACP regista e certifica os resultados de cada brevet, no mundo inteiro. O facto de ter mantido a palavra audax no seu nome é, por vezes, confuso, pois este clube não promove brevets no estilo audax – exceto nas Flèches da Páscoa. O ACP iniciou o PBP no estilo randonneur em 1931.

Trata-se de um certificado ou diploma que certifica o facto de se ter percorrido com sucesso um Brevet des Randonneurs Mondiaux, patenteado numa etiqueta numerada, colocada num cartão de percurso do brevet. O facto de se ter completado um brevet com sucesso significa que este foi certificado e registado em França e o nome do randonneur foi adicionado ao rol de honra, iniciado em 1921.

Estes percursos desafiantes podem, também, dar acesso ao ciclista a participar em eventos mais longos, como o PBP ou LRM como o Portugal Além Tejo 1200.

Estilo de passeio de bicicleta em grupo, praticado sobretudo em França, mas também na Holanda, na Bélgica e no Brasil, entre outros países. Aqui um líder de grupo define um ritmo regular, atualmente é de cerca de 22 km/h entre paragens. O itinerário e locais de paragem para descanso são definidos previamente. Os grupos audax pedalam cerca de 16 a 20 horas por dia, até chegarem aos locais pré-definidos para a dormida.

No PBP – Audax, o objetivo é também terminar dentro do limite de 90 horas, mas com todos os elementos do grupo juntos. O seu lema é “um por todos e todos por um”. Permite-se que um carro de apoio siga cada grupo. Bem diferente do espírito de autossuficiência randonneur e do PBP – Randonneur em allure libre.

Algumas organizações nacionais de randonneurs, sobretudo anglo-saxónicas, utilizam a designação “audax” nos seus nomes (Audax Ireland, Audax UK, Audax Autralia,…) e, no entanto, promovem Brevets des Randonneurs Mondiaux (allure libre) e não Brevets Audax (ritmo controlado).

Compete à Union des Audax Français homologar e gerir mundialmente os Brevets Audax. Este clube foi fundado, nos anos 70, para que ciclistas estrangeiros pudessem participar na versão de Audax do PBP.

Saída de um randonée ou brevet.
Evento de equipa de 24h, normalmente durante o fim de semana da Páscoa. Muito popular em França. Cada equipa pode ter de três a cinco bicicletas. Pelo menos três delas têm que terminar em conjunto, para que a sua Flèche seja certificada.

Cada equipa deve escolher o seu próprio percurso e não pode pedalar com outros ciclistas. A distância mínima é de 360 km em 24 h. Nas últimas duas horas finais é obrigatório a equipa percorrer um mínimo de 25 km. Este tipo de evento implica que cada troço de estrada seja percorrido apenas uma vez pela equipa. Conforme o nome indica em francês (flecha), o percurso tradicional das equipas é pedalar de um ponto a outro como uma flecha, em direção a um ponto comum.

Em França, uma multidão de equipas de todo o país reúnem-se, tradicionalmente, na Provença, num ponto de encontro habitual.

Em Portugal iniciou-se a realização das <Fléches Portugal> em 2013.

O Grande Livro, que inclui o nome de cada ciclista que terminou o Paris – Brest – Paris, desde 1891. Originalmente, era escrito à mão num livro grande, de capa de couro. Atualmente as listas são geradas em computador. O Audax Club Parisien é o fiel depositário destas listas, assim como regista os resultados dos Brevets Randonneurs Mondiaux (allure libre), no mundo inteiro, desde 1921. Apesar dos livros originais não serem utilizados há muitos anos, os ciclistas que aspiram a percorrer o PBP ainda referem a ideia de terem o seu nome no Grande Livro.
Organização que agrupa os promotores nacionais de randonneuring.

A sua função principal é promover a realização de randonnées de 1200 km ou de distância superior. Para além disso, promove a troca de informação útil para randonneurs bem como reconhece o mérito de clubes e ciclistas na participação de randonnées de longa distância, através de medalhas e reconhecimentos internacionais.

O Les Randonneurs Mondiaux foi criado pelo responsável pelo Audax Club Parisien, Robert Lepertel, em 1983. Participam atualmente como países membros, entre outros: França, Espanha, Reino Unido, Irlanda, Holanda, Bélgica, Austrália, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Áustria, Alemanha, Rússia, Brasil, África do Sul, Canadá, Japão, Itália, Grécia, EUA ,Portugal,…

Local onde o cartão de percurso do randonneur tem de ser assinado e carimbado, comprovando a sua passagem.

Poderá haver, também, controlos secretos. O facto de não se passar pelo posto de controlo, ou de se chegar for a da janela de tempo definida, implica a desqualificação, uma vez que o acesso ao brevet depende da chegada aos pontos de controlo dentro do tempo pré-definido.

Ciclista de longa distância na modalidade allure libre (feminino: randonneuse).
Um dos reconhecimentos mais prestigiantes que um randonneur pode alcançar. Para tal, é necessário completar uma série completa de brevets: 200, 300, 400, 600, 1000 km, um Paris-Brest-Paris e uma Flèche. Terá ainda de ter percorrido 5000 km em BRM.

As distâncias devem ser percorridas dentro de um período de quatro anos.

Medalha especial concedida a randonneurs que completam com sucesso uma desafiante série de brevets (200, 300, 400 e 600 km) no período de um ano.

Trata-se de uma honra obtida a grande custo e digna de ser o objetivo de um ano para qualquer randonneur. A obtenção desta série de brevets é um requisito necessário, por norma, para participar em eventos de 1000 ou 1200 km, como é o caso do Portugal Além Tejo 1200

É um “Brevet antecipado” para voluntários que estarão a suportar os postos de controlo no dia do evento principal.

Os voluntários terão, como os restantes randonneurs, o Brevet homolgado.